domingo, 25 de abril de 2010

São trabalhadores precários que fazem o trabalho sujo e mais perigoso nas centrais nucleares

As centrais atómicas francesas recorrem a trabalhadores precários, frequentemente sem residência fixa, empregados nas tarefas mais arriscadas e mais expostas às radiações.

Chamam-lhes 'jumpers', os que mergulham para dentro do reactor. Ou nómadas do nuclear",
lê-se no Alias, o suplemento semanal do diário italiano Il Manifesto.

Empregados por subcontratantes da EDF, GDF-Suez ou Areva, as empresas que gerem as centrais, "incorporam 80% das doses colectivas anuais de radiações ionizantes produzidas pelo parque nuclear francês".

A revista explica que a doutrina do “risco zero” em matéria de protecção das radiações foi progressivamente abandonada, trocada pela muito mais leve ALARA (As Low As Reasonably Acceptable, o mais baixo razoavelmente aceitável).

Vários destes "nómadas nucleares" apresentaram queixa contra os seus empregadores devido às consequências da sua exposição às radiações; mas não tiveram seguimento, porque a prescrição para os acidentes do trabalho no domínio nuclear é de dez anos, "o tempo de incubar a doença e de ocultar as causas que a provocaram", sublinha o Alias.

Entretanto descobri uma entrevista,  da Global Subsidies Initiative (GSI) a Doug Koplow, fundador do Earth Track  (obrigatório ler).

Nela refere que a indústria nuclear é altamente subsidiada, e que mesmo se esta indústria reduz as emissões de CO2, trata-se de uma falácia, pois os custos são muito elevados.Refere o exemplo do fiasco da mais moderna central nuclear na Finlândia [
ler aqui notícia mais detalhada].

O especialista denuncia também a ligação entre o nuclear civil e a proliferação de armamento nuclear.
Ainda de acordo com Doug Koplow a direcção correcta a dar aos mercados é investir em várias outras fontes alternativas de energia e melhorar a eficiência energética.

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