segunda-feira, 25 de abril de 2011

Meu diário do 25 de Abril de 2011

As notícias de uma FMIzação do Globo que não passam nas nossas TVs

Fomos de metro. Chegados à Avenida dos Aliados, a malta foi "chutada" para lá ao fundo, longe da Câmara Municipal do Porto, ai, nós a peste negra não fôssemos infeccionar o Rui Rio. Já não me lembro bem quando foi a última vez que vi o PSD na arruada do 25 de Abril no Porto...salvo erro há uns bons 10 anos para cá. CDS há muitos mais anos, mesmo. PS de certeza que há uns 5 anos. O PCP e o BE sempre presentes. Mas este ano tão poucos os sindicatos, tão pouca adesão...o cortejo era magrinho e com fome como muitos milhares já estarão a passar em Portugal...Com o meu filho compramos 2 cravos de Abril nas ruas como é tradição. Depois fui ao Norteshopping pois o meu filho merecia uma prendinha extra e lá fomos. Era quase o inverso da Av. dos Aliados: cheio! E foi com muito orgulho que exibi o cravo de Abril na lapela e o meu filho com outro na mão, entre olhares (muitos) envergonhados e (alguns) de medo e pensei: Raios os parta! Merecem tudo e mais alguma coisa. Uma era do faz de conta, de uma democracia faz de conta. Sem muito por fugir. Os sinais preocupantes da extrema-direita estão a alastrar...Leiam o relatório do presidente do FMI (de boas intenções está o Inferno cheio)

1 comentário:

Nuno disse...

Também estive hoje nos Aliados, não só a assistência era miserável como as centenas de milhares de jovens da minha geração que apareceram há 1 mês aparentemente não resistem a um feriado com sol.

Quem insistiu em estar presente foram as quase 10 pessoas diferentes, de várias idades, que troçaram, insultaram e apelaram abertamente ao regresso da ditadura a partir do passeio.

Queria abordar a esmagadora maioria das pessoas com mais de 50 anos, que eram praticamente a totalidade dos presentes. Queria agradecer-lhes e pedir-lhes desculpa- agradecer por terem estado presentes há 37 anos e pedir-lhes desculpa pelo facto da minha geração ir enterrar nos próximos anos tudo aquilo em que acreditam.

São tempos muito muito negros que se aproximam e receio do que a minha geração é capaz, nas suas várias posturas anti-democráticas.