quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Curta-Metragem- The Beuty of Polinization: Uma comunidade polinizadora


Todos nós dependemos uns dos outros. We all depend each other



No dia da votação da vergonha do orçamento para 2012, apesar das empresas rating e miserabilização da condição humana do nosso País,resolvi trazer este vídeo, como bâlsamo e esperança e tentativa de mudar as nossas mentes (ricos e pobres, emigrantes e imigrantes, séniores e jovens) e sintonizarmos mais e ainda mais com a Natureza. Temos um mundo que vale a pena (sobre)viver e, em comum, defendermos a conservação do ambiente.

Video retirado do Ted Talk com o realizador de cinema naturalista  Louie Schwartzberg, extraídas por sua vez do filme "Wings of Life" que alerta para a extinção das abelhas melíferas.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Ted Talk (imprescindível!)- Como a desigualdade económica prejudica as sociedades, por Richard Wilkilson

Vejam o vídeo/ a conferência, aconselho-a vivamente

Um grande contributo para percebermos como é a redistribuição da riqueza, mais concretamente a desigualdade nessa distribuição, que é a causa dos males que atravessamos e de como não é empobrecendo para que os bancos e a finança continue a amealhar a fatia de leão da riqueza produzida, que algum dia vamos melhorar.

Vejam o quanto somos pobres (somos os europeus mais parecidos com os asiáticos) e quão grande é a diferença, em Portugal, entre os ricos e pobres, e as consequências que isso tem na nossa vida e no nosso país.

Uma vergonha que a política do séc. XXI esconde e quer agravar com cortes de pensões e salários (subsídios de férias e Natal e trabalho não pago), fazendo o povo acreditar que professores, enfermeiros e a classe média em geral ganhamos bastante e é esta corrupção e fosso salarial não só é a causa, como a solução da dívida. Além disso a Europa precisa de uma nova força, pois estas medidas cada vez sabemos que irá agravar mais o fosso intergeracional, mais destruição das poucas areas selvagens que nos resta e mais desertificação e menos esperança de vida em Portugal. Nós não cumpriremos sozinhos o assalto generalizado aos bens comuns perpetrados pelas agências de rating e donos dos paraísos fiscais. Precisamos ansiosamente por uma União Europeia mais proactiva.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Sobre os séniores em Portugal - divulgação de estudo exaustivo e a urgência de pontes intergeracionais

Ler aqui o documento Estudo das Necessidades dos Séniores em Portugal

O facebook traz pessoas espantosas e dá a conhecer/partilhar documentos importantíssimos como este que encontrei a partir de uma docente universitária em Lisboa, Rosa Silvestre (Argentina). O facebook não é apenas um mero espaço lúdico, para jogos ou com interesses promocionais e angariar mais clientes.
Por isso e porque a escola e a sociedade portuguesa estão cada vez mais exigentes, urge a meu ver a criação de pontes intergeracionais. Enquanto docente, pai e porque não tive avós, procurei sempre nos mais velhos sinais e modelos da pessoa que sou hoje.
E é sobretudo esta mensagem que desejo passar e simultaneamente dar a conhecer este documento, quiçá útil para muitas famílias e acções de formação futuras.
Partilho ainda o texto que me chegou às mãos da minha amiga Rosa , desejando que tanto o texto como o estudo (mais de 300 páginas) crie raízes mais profundas, mais solidárias e mais rigor no debate urgente do envelhecimento da nossa população e amor/paixão por estudar e aprender mais e mais, numa sociedade em crise.

domingo, 27 de novembro de 2011

Relatório da Food & Water Watch sobre os OGM nos EUA

1. A)"Um tomate diz-se transgénico quando se introduz um gene de um outro organismo (planta, animal ou bactéria) e até mesmo um gene de peixe para fazer o tomate resistente à geada.No entanto, os organismos diferentes juntos por um "remendo" genético podem representar riscos para os consumidores que sofrem de alergias aos traços adicionados. Neste caso, os consumidores com alergias aos frutos do mar poderão ser expostos inadvertidamente a um alérgeno no tomate."


B) "Em 2010, mais de 365 milhões de hectares de transgénicos foram cultivados em 29 países - representando 10 por cento da área cultivada global"


C) "Nos Estados Unidos, a clonagem é usada principalmente para produzir touros de rodeio e outros alimentos não-animais, mas também já se acredita que existem no país várias centenas de animais clonados para alimentação."

Clica aqui para descarregares o documento da Food and Water Watch

2. Mais um estudo científico, desta feita durante uma década, comprova os efeitos negativos dos OGM nas rações de animais e nos seres humanos: Animais ficam mais gordos e sofrem alterações a níveis intestinais. Foram identificadas alterações no sistema imunitário do Homem e presença da toxina Bt OGM nos fetos humanos, entre outros efeitos.[estudo aqui]

Informações e mais hiperligações no Dossiê Transgénicos e postagens do BioTerra sobre OGM.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Lynn Margulis, autoridade mundial em biologia evolutiva, morre aos 73 anos


[Fonte: Terra Ciência] A cientista americana Lynn Margulis, conhecida por seus trabalhos sobre a origem e evolução das células, e considerada uma autoridade em biologia evolutiva, morreu aos 73 anos em sua casa em Amherst (Massachusetts, Estados Unidos). Margulis, segundo um comunicado divulgado nesta quarta-feira pela Universidade de Massachusetts, onde deu aulas, morreu em sua casa na terça-feira em consequência de um acidente vascular cerebral que sofreu recentemente.
A cientista ficou conhecida por sua teoria da simbiogênese, que desafia as teorias neodarwinistas com o argumento que as variações herdadas não se devem a mutações ao acaso, mas à interação entre os organismos em longo prazo. Segundo Margulis, a origem das primeiras células com núcleo se deu a partir da fusão de bactérias primitivas há bilhões de anos, com o que essas bactérias seriam um fator a levar em conta na origem da vida.
Margulis, doutora honoris causa pela Universidade Autônoma de Madri e agraciada com a Medalha Nacional de Ciência dos EUA em 1999, foi também uma das impulsoras, ao lado do britânico James Lovelock, da Teoria de Gaia. Segundo a hipótese colocada nesta teoria, o meio ambiente mudou devido ao comportamento dos seres vivos que o habitam e à sua interação com o entorno, enquanto outras teorias falam de adaptação dos organismos a um ambiente determinado.
Nascida em Chicago em 1938, entrou na Universidade de Chicago quando tinha 14 anos. Formada em Zoologia e Genética pela Universidade de Wisconsin, também era doutora em Genética pela Universidade da Califórnia e co-diretora do departamento de Biologia Planetária da Nasa (agência espacial americana).
Sua obra ofereceu uma visão nova da microbiologia e ajudou a posicionar a figura da espécie humana em harmonia com o resto da natureza, inclusive de microorganismos. Era membro da Academia de Ciências dos EUA desde 1983, da Academia Russa de Ciências Naturais desde 1997 e da Academia Americana de Artes e Ciências desde 1998, além da Sociedade Internacional para o Estudo da Origem da Vida e a Sociedade Catalã de Biologia.
Lynn Margulis publicou numerosos artigos e livros. Seu texto "Simbiose na evolução da célula" (1981) é considerado um clássico da Biologia do século 20.
Margulis foi casada com o astrônomo Carl Sagan, um divulgador da ciência que ganhou fama mundial com seu programa de televisão "Cosmos", falecido em 1996, e era mãe do poeta Dorion Sagan, que colaborou com ela em diversas publicações.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O canibalismo capitalista continua: cartoon da semana com video


Alessio Rastani explica que sonha com uma nova recessão e afirma: "os governos não mandam no mundo, o Goldman Sachs manda no mundo" [fonte: Dinheiro Vivo, 28/09/11]


quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Faço Greve - um pouco de história das greves em Portugal e Mundo



Faço greve, por convicção, por coerência com o que penso e porque hoje faço o futuro e o futuro que eu quero é um mundo sempre livre. A nossa dignidade não é comprada, nem tem preço!

A Greve  (por José Soeiro)
Aconteceu numa quinta-feira de 1890. Eram cerca de 8 mil operários nas ruas de Lisboa. Decidiram rumar ao cemitério dos Prazeres e prestar homenagem a José Fontana, fundador da Fraternidade Operária e um dos primeiros socialistas em Portugal. Ali mesmo, vários tomaram a palavra para defender uma coisa simples: uma jornada máxima de 8 horas de trabalho por dia.

No ano anterior, em Paris, um congresso de trabalhadores reunia-se para apelar a que naquela quinta-feira de 1890 as ruas e praças fossem ocupadas não só em Lisboa mas em todo o mundo para lembrar os mártires de Chicago.

Quatro anos antes, em Chicago, foi em nome dessas mesmas 8 horas que meio milhão de trabalhadores fizeram greve e marcharam pela cidade. A polícia reprimiu a manifestação, matou dezenas de operários e julgou os responsáveis. Georg Engel, Adolf Fischer, Albert Parsons e Auguste Spies foram enforcados. Em cada primeiro de maio, o mundo recorda-os.

Nessa altura, em Portugal como pelo mundo, o contrato de trabalho quase não existia. Nem férias, nem protecção na doença, nem segurança social, nem educação pública. Os trabalhadores começavam a juntar-se em associações de socorros mútuos. Os sindicatos eram coligações operárias ilegais. A greve era proibida.

Mesmo proibidos, os trabalhadores paravam. Havia o medo e a incerteza do resultado. Mas arriscavam. Foi assim em 1842, na Inglaterra e em Gales. Foi assim em Portugal, em 1849. Em Chicago, em 1886. E não mais parou. Foram greves que trouxeram saúde e educação, impostos para os mais ricos e até o sufrágio universal. Os trabalhadores não faziam greve porque tinham contrato e direitos. Tiveram contrato e direitos porque fizeram greve.

Estamos em 2011 e Portugal mudou muito. E esqueceu muito.

Há 900 mil trabalhadores que não têm contrato de trabalho: passam recibos verdes e na lei não se prevê que façam greve. Mais de 600 mil não encontram trabalho. Dois milhões são precários. Muitos, se querem juntar-se, têm de fazê-lo clandestinamente.

Se em 1891 o governo monárquico fixava as 8 horas para alguns sectores, 120 anos depois o governo já decidiu que quer acabar com isso e pretende aumentar meia hora por dia o horário de trabalho. Os patrões agradecem e calculam o lucro que lhes vai dar o dia mensal de trabalho gratuito.

Na Grécia como em Portugal, se hoje o capitalismo tolera o sufrágio, ele dispensa a democracia. Se não propõe a escravatura, exerce-a de novas formas. Se não proíbe a greve, expulsa os trabalhadores do contrato. E a ditadura da dívida dita a impossibilidade das escolhas.

Vai acontecer no dia 24 de Novembro. Há quem diga que não vale a pena, porque se perde o dia de salário ou se arrisca o contrato. Ou porque se não o temos, ela não é para nós. Mas nunca fizemos greve por termos contrato e direitos. Teremos contrato e direitos se fizermos greve.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

A Obesidade Mental - Andrew Oitke (?) - Aviso à Navegação

Não existe o tal Andrew Oitke nem a obra Mental Obesity. O artigo é de facto de João César das Neves, efabulação por ele criada e publicada no DN em 22.03.04
Portanto averiguem sempre as fontes.
O prof.  Andrew Oitke publicou o seu polémico livro «Mental Obesity»,que revolucionou os campos da educação, jornalismo e relações sociais em geral.
Nessa obra, o catedrático de Antropologia em Harvard introduziu o conceito em epígrafe para descrever o que considerava o pior problema da sociedade moderna.
«Há apenas algumas décadas, a Humanidade tomou consciência dos perigos do excesso de gordura física por uma alimentação desregrada. Está na altura de se notar que os nossos abusos no campo da informação e conhecimento estão a criar problemas tão ou mais sérios que esses.». Segundo o autor, «a nossa sociedade está mais atafulhada de preconceitos que de proteínas, mais intoxicada de lugares-comuns que  de hidratos de carbono.
As pessoas viciaram-se em estereótipos, juízos apressados, pensamentos tacanhos, condenações precipitadas. Todos têm opinião sobre tudo, mas não conhecem nada.
Os cozinheiros desta magna "fast food" intelectual são os jornalistas e  comentadores, os editores da informação e filósofos, os romancistas e realizadores de cinema. Os telejornais e telenovelas são os hamburgers do espírito, as revistas e romances são os donuts da imaginação.»
O problema central está na família e na escola. «Qualquer pai responsável sabe que os seus filhos ficarão doentes se comerem apenas doces e chocolate.Não se entende, então, como é que tantos educadores aceitam que a dieta mental das crianças seja composta por desenhos animados, videojogos e telenovelas. Com uma «alimentação intelectual» tão carregada de adrenalina, romance, violência e emoção, é normal que esses jovens nunca consigamdepois uma vida saudável e equilibrada.»
Um dos capítulos mais polémicos e contundentes da obra, intitulado "Os Abutres", afirma:
«O jornalista alimenta-se hoje quase exclusivamente de cadáveres de reputações, de detritos de escândalos, de restos mortais das realizações humanas. A imprensa deixou há muito de informar, para apenas seduzir, agredir e manipular.». O texto descreve como os repórteres se desinteressam da realidade fervilhante, para se centrarem apenas no lado polémico e chocante. «Só a parte morta e apodrecida da realidade é que chega aos jornais.»
Outros casos referidos criaram uma celeuma que perdura.
«O conhecimento das pessoas aumentou, mas é feito de banalidades. Todos sabem que Kennedy foi assassinado, mas não sabem quem foi Kennedy. Todos dizem que a Capela Sistina tem tecto, mas ninguém suspeita para que é que ela serve. Todos acham que Saddam é mau e Mandela é bom, mas nem desconfiam porquê. Todos conhecem que Pitágoras tem um teorema, mas ignoram o que é um cateto».
As conclusões do tratado, já clássico, são arrasadoras.  «Não admira que, no meio da prosperidade e abundância, as grandes realizações do espírito humano estejam em decadência. A família é contestada, a tradição esquecida, a religião abandonada, a cultura banalizou-se, o folclore entrou em queda, a arte é fútil, paradoxal ou doentia. Floresce a pornografia, o cabotinismo, a imitação, a sensaboria, o egoísmo.
Não se trata de uma decadência, uma «idade das trevas» ou o fim da civilização, como tantos apregoam. É só uma questão de obesidade. O homem moderno está adiposo no raciocínio, gostos e sentimentos.O mundo não precisa de reformas, desenvolvimento, progressos.
Precisa sobretudo de dieta mental.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Relatório da Global Humanitarian Forum- Kofi Anan- 2009 : "Alterações Climáticas - A Anatomia de uma Crise Silenciosa"

Os números da morte pelo capitalismo - só em 2008, 40 milhões de pessoas (!!) tinham fome (e muito provavelmente morreram) devido ao aumento do preço dos alimentos (pág. 24).Perdas económicas devido às alterações climáticas já atingem hoje - 2009- mais de 125 biliões dólares por ano. Isto é mais do que o PIB individual de 73% de todos os países do mundo, e é maior do que o montante total da ajuda que, atualmente, os fluxos dos países industrializados para nações em desenvolvimento a cada ano. Em 2030, as perdas económicas devido às alterações climáticas triplicarão para 340 bilião dólares anualmente.


Human Impact Report- GHF (Kofi Anan)

domingo, 20 de novembro de 2011

Portugal ficou mal num exame da Global Subsidies Initiative (GSI) sobre a subsidiarização dos combustíveis fósseis

Ponto de situação dos EUA (daqui)
Em Abril deste ano, a GSI compilou os resultados da sua acção "We Ask Your Government! how much its fossil-fuel subsidies cost".
A pergunta aos governos era : 
"Qual foi o montante total efectivamente incorridos durante os últimos três anos fiscais sobre os subsídios de petróleo, gás e carvão quer a nível de produção quer a nível do consumo?"

Muitos países se poderia esperar relatar tais informações, uma vez que eles assumiram compromissos internacionais para reduzir os subsídios de combustíveis fósseis. O Protocolo de Quioto, com 84 signatários, descreve o tipos de medidas que as partes irão tomar para alcançar os objectivos da convenção, e isso inclui redução dos subsídios de combustíveis.

Em 2009 os líderes dos G-20 e a Cooperação Económica Ásia-Pacífico (Apec) comprometeram-se a remover o ineficiente subsidiaridade dos combustíveis fósseis na sua jurisdição a médio prazo. Nova Zelândia criou até um grupo de trabalho Reforma-Subsídio para acelerar o progresso.
Apenas 27 dos 80 estados inquiridos responderam adequadamente ao inquérito. Portugal ficou mal no exame e passo a transcrever: 

In Portugal, an Amnesty International researcher received angry phone calls from
the minister’s office who could not understand why they wanted information on
the environment. Some incomplete information was then provided. The hostile
response undermines the right of access, as, by law, citizens do not have to justify
their request (Subsidy Watch, 2010) (pág. 6)

We Ask Your Government! How Much Its Fossil-Fuel Subsidies Cost 

sábado, 19 de novembro de 2011

Música do BioTerra: Bird Girl - Antony Johnson


Este ano 3 mulheres receberam o Prémio Nobel da Paz. Ellen Johnson Sirleaf, presidente da Libéria (foi a 1ª presidente africana eleita, Leymah Gbowee, activista liberiana e Tawakkul Karman, activista do Iémen (veja as fotos da cerimónia Em Maio de 2004 salientei o projecto 1000 mulheres para a PazEm todo o mundo as Mulheres da Paz estão comprometidas com a promoção da paz, a justiça social, o ambiente e um futuro seguro, actuando com criatividade, usando diversos métodos e dinâmicas de valores. Juntaram em 2005 as suas experiências, seus conhecimentos e seus contactos na organização Mulheres da Paz no Mundo - PeaceWomen Across the Globe .
Durante a guerra, Gbowee conviveu diariamente com as crianças soldados e percebeu que "a única maneira de mudar as coisas, do mal para o bem, era que nós, mulheres e mães dessas crianças, nos levantássemos e avançássemos pelo bom caminho".
Hoje ela é mãe de seis filhos e está instalada desde 2005 em Gana.
"Nada deveria levar as pessoas a fazer o que fizeram com as crianças da Libéria", drogadas, armadas, convertidas em máquinas de morte, explicou em um documentário sobre a luta das liberianas pela paz.
Esta luta "não é uma história de guerra tradicional. Trata-se de um exército de mulheres vestidas de branco, que se ergueram quando ninguém queria fazê-lo, sem medo, porque as piores coisas imagináveis já haviam ocorrido conosco", escreveu em sua autobiografia.
"Trata-se da maneira como encontramos a força moral, a perseverança e a valentia para levantar nossa voz contra a guerra, e reestabelecer o sentido comum em nosso país", acrescentou.
Veja fotos das vencedoras e do anúncio em Oslo
Activismo de Leymah Gbowee na Libéria rende-lhe o Nobel
Ellen Sirleaf foi a 1ª presidente africana eleita
Tawakkol Karman dedica Nobel à Primavera Árabe
Leia os perfis das vencedoras do Nobel

Ao Vivo

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Too Many People? por Ian Angus

Too Many People? provides a clear, well-documented, and popularly written refutation of the idea that "overpopulation" is a major cause of environmental destruction, arguing that a focus on human numbers not only misunderstands the causes of the crisis, it dangerously weakens the movement for real solutions.

No other book challenges modern overpopulation theory so clearly and comprehensively, providing invaluable insights for the layperson and environmental scholars alike.

Ian Angus is editor of the ecosocialist journal Climate and Capitalism, and Simon Butler is co-editor of Green Left Weekly.

Reviews
  • “Too Many People? is a clear and convincing challenge to the idea of population control as political necessity ... Angus and Butler … suggest an action plan to move the world in a more environmentally respectful direction: cease all military operations at home and abroad; begin phasing out fossil fuels and biofuels and replace them with wind, geothermal, wave and solar power; … and ensure that women everywhere have access to birth control and abortion.”
    Truthout

    “This excellent book is steadfast in its refutations of the flabby, misogynist and sometimes racist thinking that population growth catastrophists use to peddle their claims. It’s just the thing to send populationists scurrying back to their bunkers.”
    —Raj Patel, author of Stuffed and Starved

    "As the global population passes the seven billion mark, this book is a timely intervention in a recurring and important debate in the environmental movement. Written from an eco-socialist perspective, the authors make a compelling that what's ailing the planet is not too many humans, but too much capitalism"
    —Derrick O'Keefe, co-writer with Afghan politician Malalai Joya, of A Woman Among Warlords

    “Ian Angus and Simon Butler ’s new book about population control, or “populationism” in the widest sense, is invaluable for people concerned about climate change, climate justice, environmental racism, and system change. Angus and Butler are clear about the urgency of drastically cutting greenhouse gas emissions, and that there is simply not time for the detours, deflections, and damage caused by “population bomb” theories.”
    Judy Deutsch, Canadian Dimension

    “Ian Angus and Simon Butler are not ordinary environmentalists and Too Many People? is not an ordinary book on population and the environment. They demonstrate that by demolishing the notion that too many people (and too many consumers) are the source of our environmental ills we can get at the real problem: the system of accumulation and waste commonly known as capitalism.”
    —John Bellamy Foster, coauthor (with Fred Magdoff) of What Every Environmentalist Needs to Know About Capitalism

    “Sadly the population myth has been used to distract attention from the roots of ecological crisis in a destructive economic system and to shift the blame for problems such as climate change on to the poor. This splendid book is an essential read for all those of us concerned with creating an ecologically sustainable and just future. Buy it, read it and spread the word!”
    —Derek Wall, author of The Rise of the Green Left

    "Ian Angus and Simon Butler’s superb book challenges the “common sense” idea that there are too many people. Clearly and concisely they blame a system that puts profit before people and planet, refuting the arguments of the later day Malthusians. It is a book that should be read by every environmental campaigner, trade unionist and political activist."
    — Martin Empson, author of Marxism and Ecology: Capitalism, Socialism and the Future of the Planet

    “Angus and Butler have written a comprehensive dissection of the arguments surrounding over-population, It’s a vital and insightful socialist response to the debate and highly recommended to anyone interested in fighting for a better world and avoiding the pitfalls of false solutions.”
    —Chris Williams, author of Ecology and Socialism

    “With clear prose and careful, cogent analysis, Angus and Butler provide the tools necessary to dismantle the myth of overpopulation step by step … [and] show the way to a more hopeful, justice-centered environmental and reproductive politics.”
    —Betsy Hartmann, author of Reproductive Rights and Wrongs: The Global Politics of Population Control

    “This is an essential subject, and we are in Angus and Butler’s debt for treating it with such clarity and rigor.”
    —Joel Kovel, author of The Enemy of Nature

    "Ian Angus and Simon Butler’s book ‘Too Many People?’ provides a great service to the workers’ movement by systematically demolishing a key argument of the Right … Socialists before have made all of Angus and Butler’s points but never in such a systematic, clear and concise way. This book should be on the shelf of every active socialist, as well as anyone serious about tackling climate change."
    —Stephen Jolly, Socialist Party of Australia

    “The clarity of the authors’ arguments, their unassailable reasoning, their thorough research, the full transparency of their worldview, and the readability of their writing, make this one of the best nonfiction books I’ve read. If you care about both the environment and reproductive justice, this book is a must-read."
    —Laura Kaminker, wmtc blog
  • —Stephen Jolly, Socialist Party of Australia

Hubert Reeves : conteur d'étoiles


Retrato documental de Hubert Reeves, humanista e ecologista comprometido. Sua luta: deixar às gerações futuras um planeta habitável. As horas estão contadas, acredita. Recorda-nos as descobertas científicas que nos tornam "filhos do cosmos" e, como tal, responsáveis ​​pela sobrevivência de uma terra prometida, que ameaça tornar-se o nosso inferno...

Cartoonista da Semana: Robert Crumb


expo Crumb por info34410


Uma faceta menos conhecida deste excelente cartoonista

Símbolo da contracultura nos anos 1960, o catoonista Robert Crumb [sítio oficial] já adaptou obras de Franz Kafka, Charles Bukowski e Philip K. Dick para a banda desenhada. Ele também colaborou com o roteirista Harvey Pekar, de "O Anti-Herói Americano", nos anos 1970 e foi tema de documentário lançado em 1994 pelo cineasta Terry Zwigoff.

Obras: "Génesis" (imagem), "Blues", "América", "Kafka de Crumb", "Fritz, O Gato", "Mr. Natural", "Mr. Natural Vai Para o Hospício", "Minha Vida"

Bio: wiki (português); wiki (ingles)

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Novo Relatório PNUMA - "Rumo a uma Economia Verde" comprova que a economia verde cria emprego e protege o ambiente

UM MARCO HISTÓRICO


Foi publicado ontem, 16 de Novembro, o relatório PNUMA (UNEP) criador de esperança, de planos de investimento já existentes em todo o mundo e nas diversas actividades humanas, em que se privilegiou a economia verde. O Relatório comprova que houve progresso significativo nas populações, com criação de postos de trabalho e maior protecção ambiental. No meu blogue deixo o resumo técnico em Português e o Prefácio. Para leitura completa (e em inglês) a UNEP disponibiliza em linha, que podes lê-lo aqui ou em pdf, que podes descarregar também aqui.

PNUMA_Rumo À Economia Verde_Síntese_PT

Vinte anos após a Cúpula da Terra, as nações se encontram novamente a caminho do Rio, mas num mundo diferente, que mudou muito desde 1992. Naquela época estávamos apenas vislumbrando os desafios emergentes em todo o mundo desde a mudança climática até a perda de espécies devido à desertificação e à degradação da terra. Hoje, muitas dessas preocupações, aparentemente distantes, estão se tornando realidade com implicações sóbrias não somente para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio das Nações Unidas, mas também estão pondo em risco a oportunidade de quase 7 biliões de pessoas – 9 biliões até 2050 – de sobreviver, quem dirá de prosperar. A Rio 92 não foi um fracasso mundial – longe disso. Ela forneceu a visão e as peças fundamentais de um mecanismo multilateral para se alcançar um futuro sustentável. Mas isso só será possível se os pilares ambientais e sociais do desenvolvimento sustentável tiverem um mesmo tratamento econômico: onde a frequentemente esquecida força motora da sustentabilidade, desde as florestas até a água doce, também receba tratamento de mesmo peso, ou maior, num planejamento econômico e de desenvolvimento. 

Rumo a uma Economia Verde está entre as contribuições-chave do PNUMA ao processo Rio+20 e ao objetivo geral de luta contra a pobreza e promoção de um século XXI sustentável.O relatório apresenta argumentos económicos e sociais convincentes para o investimento de 2% do PIB mundial para tornar verde os 10 setores estratégicos da economia, de forma a redirecionar o desenvolvimento e desencadear um fluxo público e privado rumo à baixa emissão de carbono e a um caminho de uso eficiente de recursos. Tal transição pode catalisar uma atividade econômica de tamanho comparável pelo menos às práticas atuais, mas com um risco reduzido de crises e choques cada vez mais inerentes ao modelo existente. Novas ideias são assustadoras por sua própria natureza, mas muito menos assustadoras do que um mundo onde a água potável e a terra produtiva estão se acabando, devido ao cenário de mudanças climáticas, eventos de condições 
climáticas extremas e aumento da escassez de recursos naturais.

Uma economia verde não favorece uma ou outra perspectiva política. Ela é relevante a todas as economias, sejam elas controladas pelo estado ou pelo mercado. Também não é uma substituição de um desenvolvimento sustentável. Ao contrário, ela é uma forma de se alcançar desenvolvimento nos níveis regional, nacional e global, ressoando e ampliando a implementação da Agenda 21.A transição à economia verde já está a caminho – como está destacado neste relatório e nos estudos complementares elaborados por organizações internacionais, países, corporações e organizações representantes da sociedade civil. No entanto, o desafio, claramente, é como aproveitar ao máximo este impulso. A Rio+20 oferece uma oportunidade real para se ampliar e fortalecer esses “brotos verdes”. Ao fazer isso, este relatório oferece não somente uma rota para o Rio, mas vai além de 2012, onde um gerenciamento mais inteligente de capital natural e humano guia a criação de riquezas e a direção deste mundo. 
Achim Steiner
Diretor Executivo do PNUMA
Subsecretário Geral da ONU

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Lanka Horstink, membro da Sementes Livres deixou o seu testemunho e alerta a todos os Portugueses


Em poucos minutos, tudo explicado, simples e directo. 
Para saber quem são, o que fazem e mais informações consulta Seed SaversAliás o seu canal no youtube conta com um enorme acervo de pequenos documentários, ideias para jardins agrícolas, técnicas de permacultura e diversas intervenções. 

Obrigado por me avisar do vídeo, Ana Monteiro

Mais informações sobre a nova lei das sementes aqui: Sementes Livres (Gaia)

Bernard Lietaer: Money diversity


Bernard Lietaer argues that the monoculture of money is what creates economic instability, leading to liquidity crises. He calls for a greater diversity of alternative currencies, citing innovative and enormously successful initiatives like the Lithuanian Doraland Economy, the Torekes in Belgium and Switzerland's famous alternative currency, the WIR.

Biografia:

Página Oficial

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Hino dos Mineiros de Aljustrel

Muito bom. Intenso.

O crescimento económico na África do Sul (extensivo a outros países ditos em desenvolvimento) é isto: guerra silenciosa, terrorismo financeiro, passivo ecológico e subjugação dos povos.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O Terror realiza a suspeita de que ninguém é suficientemente emancipado


«Para o ideal de liberdade absoluta, que é vazio, qualquer realidade dada é efectivamente suspeita de ser um obstáculo à liberdade. (...) O Terror realiza a suspeita de que ninguém é suficientemente emancipado. Transforma-a em política. Qualquer realidade singular conspira contra a vontade pura universal. Mesmo o indivíduo que ocupa a instância normativa é contingente relativamente a esse ideal, e portanto suspeito. (...) A supressão da realidade através da morte dos suspeitos realiza essa lógica que vê na realidade uma conspiração contra a Ideia.» ~ F.Lyotard

Fonte:Paul Ming

sábado, 12 de novembro de 2011

Satyagraha (ópera) - Artivismo Pela Paz

Em estúdio


Satyagraha é uma ópera em três atos para orquestra, coro e solistas, composta por Philip Glass, com libretto de Glass e Constance de Jong. A ópera é baseada na vida de Mohandas K. Gandhi, e a segunda parte da "Portrait Trilogy" de Glass sobre homens que mudaram o mundo, que também inclui Einstein on the Beach e Akhnaten. O estilo de Philip Glass pode ser categorizado como minimalista, mas a música em Satyagraha é um pouco mais expansiva do que está implícito por esse rótulo. O elenco da ópera inclui 2 sopranos, 2 mezzo-sopranos, 2 tenores, um barítono e 2 baixos e um grande coral. A orquestra é de cordas e sopro, sem metais ou percussão.

O título da ópera refere-se ao conceito de não-violência de Gandhi, a resistência à injustiça, Satyagraha, e ao texto de Bhagavad Gita, é cantada no original sânscrito. Na performance, a tradução é normalmente fornecido em legendas. Como as passagens são geralmente repetidas, o DVD apresenta o texto na íntegra, no início de cada cena.

A ópera tem três atos, cada qual se referendo a um importante personagem cultural: Leo Tolstoy, Rabindranath Tagore e Martin Luther King, Jr.

Fonte: wiki

Ligações externas

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Vidas na Clandestinidade


"Das narrativas biográficas recolhidas sobressai uma representação de si transversal a todos os biografados: a ideia de que não possuem qualidades excepcionais, e de que a sua capacidade de resistirem às torturas e à prisão, de viverem clandestinos, com tudo o que isso implicava, e de continuarem a lutar por algo em que acreditavam, se deve sobretudo à consciência que possuíam e à vontade que tinham. Se esta ideia pode traduzir a desvalorização pelos feitos individuais e a importância atribuída pelos entrevistados à acção colectiva, não deixa contudo de nos fornecer também óptimos contributos para a reflexão sobre a sociedade actual, em que o sonho, a utopia e as causas parecem não estar na “moda”, estar a desaparecer e em que imperam valores como o individualismo, o egoísmo e o consumismo.

Consideramos preocupante que 37 anos após a revolução de Abril, surjam de forma cada vez mais clara alguns dos traços e valores que caracterizaram o regime fascista português. Longe de pretendermos estabelecer qualquer paralelismo entre a situação actual e o regime fascista que oprimiu mais de quatro décadas o povo português, não podemos deixar de considerar que actualmente as injustiças sociais, a pobreza que assola uma parte substancial da população, algumas formas subtis de camuflar a liberdade, cada vez mais entendida e exercida no campo formal, tornam imprescindível a reflexão sobre os testemunhos recolhidos. Hoje, tal como ontem, é necessário que cada um se torne autor e actor da mudança, que use a sua vida para de forma crítica transformar o mundo em que vivemos.

As vidas dos clandestinos biografados demonstram que é possível sonhar, que é possível lutar por aquilo em que acreditamos e que essa luta vale a pena. Os homens e mulheres que dão corpo a este trabalho e que representam tantos outros, anónimos e desconhecidos, fazem parte integrante da história portuguesa do século XX e merecem ter os seus nomes escritos, semeados e multiplicados.”

In "Vidas na Clandestinidade" de Cristina Nogueira

Livro - Sítio da semana: Corpos Tóxicos (Toxic Bodies) por Nancy Langston


Toxic Bodies: Hormone Disruptors and the Legacy of DES   explores why our environment has become saturated with synthetic chemicals that disrupt hormones, and asks what we can do to protect human and environmental health. Since World War II, these chemicals have penetrated into every aspect of our bodies and ecosystems, yet our government has largely failed to regulate them. 
At the center of Toxic Bodies is the troubling case of diethylstilbestrol (DES), the first synthetic hormone that poisoned women, workers, children, and livestock, consumers, and wildlife. Although researchers knew that DES caused cancer and disrupted sexual development, doctors prescribed it for millions of women, initially for menopause and then for miscarriage, while farmers gave cattle the hormone to promote rapid weight gain. Its residues, and those of other chemicals, in the American food supply are changing the internal ecosystems of human, livestock, and wildlife bodies in troubling ways. 
Toxic Bodies argues that the industry and the federal government knew as early as the 1940s that these chemicals caused cancer and disrupted sexual development. Yet they were approved by regulatory agencies and widely marketed to producers and consumers. Toxic Bodies explores how scientific uncertainty has been manipulated to delay regulation, and shows how we can use history to make better policy.

A parable about environment and our daughters’ health
Although this book is backed by scientific references, the cellular and molecular mechanisms underlying the fetal impact of DES are often referred to as complex, which is not really the case. A clearer mechanistic discussion, vital to non-scientists who make critical decisions on new drugs and chemicals that impact our safety, could have been provided through more careful presentation.
Otherwise, Toxic Bodies provides a well-documented narrative that exposes the DES legacy and interweaves it with accounts of other estrogen-like contaminants that are saturating our environment, such as pesticides and plastics, which the author convincingly contends will have yet-to-be-identified harmful effects on our daughters for generations to come

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

São tarefas fundamentais do Estado Português


Constituição da República Portuguesa:
Artigo 9. - «São tarefas fundamentais do Estado:
d) Promover o bem-estar e a qualidade de vida do povo e a igualdade real entre os portugueses, bem como a efectivação dos direitos económicos, sociais, culturais e ambientais, mediante a transformação e modernização das estruturas económicas e sociais; ».

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Você já conhece o BOOK ?



Se por um lado não sabemos ou temos receio do desgaste rápido mais ou menos rápido a que os livros, consumidores de papel e survedouros das florestas, estão sujeitos.Além disso recordo também como negativo o peso das pastas escolares e espaço nas nossas casas e bibliotecas....mas por outro lado temos que ver se os consumos energéticos/recursos de Ipad, Ipood e mesmo portáties e PC fixos compensará investir unicamente nos ebooks/ejornalismo. Finalmente há as "modas" e assistimos a novos negócios de escritores de ebooks, seu boom e à má "qualidade" dos mesmos...pois não passam muito pelo crivo (bom ou não) da crítica e outros escritores....é um emundo novo. Finalmente, os ebooks são virais e contracultura, apresentam excitantes programas de partilha e disponibilidade e compra personalizadas. Oxalá que possamos conviver e contar com os dois, pesando os prós e contras em relação a desperdícios e consumos ambientais.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Documentário da semana: "Pretarouca - Temos de ir com os tempos"



Pretarouca, we must go with the times (Full documentary- 1h 23m, english subtitles) from José Costa Barbosa on Vimeo.



Pretarouca é uma aldeia serrana isolada entre Castro Daire e Lamego que ainda mantêm algumas características do trabalho rural, duro e dependente do animal. É habitada por três dezenas de pessoas onde os dias se repetem numa rotina adquirida desde tempos imemoriáveis.

Ao longo de dois anos acompanhamos a construção de uma barragem, o impacto ambiental e a influência no modo de vida dos habitantes.

A transformação da paisagem e a consequente alteração de um modo de vida insinua-se como prenúncio da própria morte.

Documentário; 83 min; cor; 16x9; estéreo; ©2009


Festivais e Mostras: CineEco 2009 (Seia-Portugal) Versão Work in Progress/ Panorama, 4ª Mostra de Documentário Português(Lisboa-Portugal) / Documenta Madrid 10 (Madrid-Espanha)


Ilídio, moleiro cantador é uma sequência não utilizada no documentário.

domingo, 6 de novembro de 2011

Nós não queremos crescimento económico- nós só queremos desenvolvimento sustentável!

Simon Scott, é branco, britânico, CEO da companhia Lonmin PLC, a terceira maior produtora de platina do mundo.  Depois do trágico incidente dos mineiros, afirmou nesta sexta-feira que vai financiar a educação de todos os filhos dos funcionários que foram mortos durante os protestos violentos que aconteceram nesta semana. O conflito envolvendo mineiros, sindicatos, polícia e empresa já deixou 44 mortos.[Diário do Grande ABC]. O crescimento económico na África do Sul (extensivo a outros países ditos em desenvolvimento) é isto: guerra silenciosaterrorismo financeiro e subjugação dos povos.

"Esquecem que estão se referindo a seres humanos. Consideram os negros apenas alavancas adicionais para algumas máquinas industriais complicadas. É esta a integração do homem branco – uma integração baseada nos valores de exploração, em que o negro competirá com o negro, um utilizando o outro como a escada que o conduzirá aos valores brancos. É uma integração na qual o negro terá que provar a si mesmo em termos desses valores antes de merecer a aceitação e a assimilação final, e na qual os pobres se tornarão mais pobres, e os ricos mais ricos, num país em que os pobres sempre foram negros [Steven Biko]"



Ler ainda: Como se faz um Canalha

sábado, 5 de novembro de 2011

Música do BioTerra ::Mozart - Patricia Petibon - Nel grave tormento - Mitridate


14 anos tinha Mozart quando compôs uma música eterna. Espero que amem tanto esta interpretação como eu. Patricia Petibon é excelente:)

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Palestra: Collapse- How Societies Choose to Fail or Succeed (2010)

Jared Diamond - Collapse: How Societies Choose to Fail or Succeed from Earth Institute on Vimeo.

Colapso, o maior trabalho do pesquisador Jared Diamond, analisa o que fez as grandes civilizações do passado entrarem em colapso. De um completo levantamento da história do meio ambiente de dezenas de civilizações emerge um padrão de catástrofe ambiental que nos alerta para o futuro do mundo.

Biografias
Jared Diamond (wiki)
Jared Diamond (site)

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Estudo alerta para os perigos da sobrepesca e aumento das marés de alforrecas



Ana Ganhão (02-09-11), Naturlink

Foi realizado um estudo pelo grupo de conservação marinha, a OCEAN2012 que alerta para os impactos da sobrepesca e o aumento das marés de alforrecas, muito prejudicial para a saúde  pública.
Esta colecção de relatórios publicada pela OCEAN2012 demonstra como a sobrepesca prejudica as comunidades costeiras da União Europeia e como afecta as vidas de incontáveis cidadãos europeus. Cada relatório ilustra um determinado efeito nos ecossistemas marinhos causado pela remoção excessiva de milhões de toneladas de organismos marinhos que ocorre em cada ano.
O número de marés de alforrecas nos oceanos está a aumentar e  os impactos causados pelas actividades humanas como a sobrepesca são apontados como os prováveis causadores deste fenómeno. Vários investigadores demonstraram que a sobrepesca é um elemento que contribui significativamente para a maioria das marés de alforrecas estudadas. De facto, alguns investigadores afirmam que a sobrepesca permite às populações de alforrecas aumentarem  exponencialmente.
A remoção sistemática de peixes predadores do topo de cadeia  alimentar, como o atum ou o bacalhau, pode levar a alterações  devastadoras. A remoção de demasiado peixe dos ecossistemas cria muito espaço para  as alforrecas poderem proliferar.
A reforma da Política Comum das Pescas é uma oportunidade crucial  para transformar este cenário de pesadelo num futuro seguro,  sustentável a longo prazo para os ecossistemas marinhos, stocks de  peixe, bem como a subsistência de milhões de cidadãos europeus.
Pode descarregar aqui o relatório da Ocean2012, OS IMPACTOS DA SOBREPESCA: A batalha pela supremacia no oceano: as conquistas das alforrecas
Fonte: www.ocean2012.eu
Leituras adicionais:
A maior raia do mundo pode extinguir-se devido à sobrepesca
Directrizes para uma pesca sustentável não são cumpridas
Pesca é responsável por alterações nos padrões de crescimento do peixe

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Videopoema da Semana: Vinicius e Atomise



Nas tardes de fazenda há muito azul demais.
Eu saio às vezes, sigo pelo pasto, agora
Mastigando um capim, o peito nu de fora
No pijama irreal de há três anos atrás.

Desço o rio no vau dos pequenos canais
Para ir beber na fonte a água fria e sonora
E se encontro no mato o rubro de uma amora
Vou cuspindo-lhe o sangue em torno dos currais.

Fico ali respirando o cheiro bom do estrume
Entre as vacas e os bois que me olham sem ciúme
E quando por acaso uma mijada ferve

Seguida de um olhar não sem malícia e verve
Nós todos, animais, sem comoção nenhuma
Mijamos em comum numa festa de espuma.

Vinicius de Moraes