sexta-feira, 9 de novembro de 2012

O lado negro da Caritas

Philippe Jaroussky canta Los Pajaros Perdidos com o grupo de Christina Pluhar

O Lado Negro da Caritas 
A Caritas, o BES e a relação não tão estranha de uma grande parte da Igreja Católica em não atacar demasiado estas medidas de austeridade. A ler e partilhar.


Ontem publiquei o lado negro do Banco Alimentar. Hoje é o da Caritas. Desculpem constantemente a desilusão, mas as verdades são para isso mesmo: não ficarem em nós, ajudarmos a romper a escravidão e abrir-se LUZ. Estou farto de meias cantigas, meias tintas, desinteresse e falta de convergência dos vários movimentos. Vou com os pássaros. Ver mais longe o que se passa e que vendavais virão.

Ler o poema belíssimo  'Los pájaros perdidos' (Canción)  aqui.

Dossiê Educação Ambiental e Religião foi actualizado.

3 comentários:

Carlos Faria disse...

Independentemente da voz do contratenor e da bela canção, percebo que a revolta contra Jonet é política, quando não a vejo como política, mas como uma cidadã que em vez de apenas tomar chás com as outras tias na Linha, arregaça as mangas e entre as pessoas e meios que conhece age para suavizar de imediato as dores de pobres sem promover uma revolução política que não é o seu palco.
Outros, estão sempre disponíveis para a revolução política e apesar de falarem mais da exploração dos pobres (que existe na realidade tal como a injustiça) cantam, esbracejam, escrevem, protestam, incitam à violência enquanto o que precisa de ajuda já continua de mão estendida, sem tempo para uma revolução que ou será diferente ou aonde chegou semeou mais ditaduras do que justiça e riqueza à classe média.
Não confronto Jonet com Cavaco ou a Caritas com uma ideologia, pois podem coexistir mas não fazem parte de um projetos comuns.
Tal como se deduz do presidente Mujica, o caminho do consumismo para o crescimento e da ambição de ter mais (defendido por alguma esquerda para sairmos da crise) também não é sustentável e o João mostra ser um Ambientalista convicto (eu era um que foi desiludido pelos ambientalistas) e sabe que temos de refrear esta onda consumista para alcançar a sustentabilidade e na prática, com outros termos e fundamentos, temos de saber viver com contenção, num estilo de vida não consumista e sustentável.
O vosso radicalismo, não resolve as dores do momento e o pedido de demissão é apenas por considerarem que que estende a mão hoje dificulta a revolução que pretendem, eu sei o que é precisar de uma ajuda imediata e foi ela e a caritas que estenderam mãos.

João Soares disse...

Quem dá aos pobres empresta a Deus! Cada qual tem a sua religião e dinheiros/feudos. Comparo este dito popular quando vejo nas lojas de McDonald´s um peditório para a Casa das crianças Mc Donald´s. Ora a Mc Donld´s já não tem imenso dineheiro? Não é causadora da desflorestação da Amazónia ainda porcima? É isso também que vejo nestas pessoas pseudo-católicas e radicais católicos. Ora bolas, o Vaticano tem contas bancárias em paraísos fiscais. E ainda vem fazer a cabeça das pessoas para dar o que não podem e lhes faz falta. Há outras formas de prevenção da pobreza.

Sou Quem Sabes disse...

Tem toda a razãao sobre o Vaticano, mas convém não esquecer que cá, diversas dioceses e institutos religiosos perderam milhões no BPN.
Inclusive institutos religiosos missionários que massacram piedosamente as pessoas com discursos a puxar a lágrima dizendo que o dinheiro é para ajudar as missões e depois perderam-no no BPN e no BPP.
Já agora, era importante que se soubesse qual o peso da contribuição do estado para a Caritas e para as IPSS católicas, dinheiro de todos nós, crentes ou não, para não sermos enganados quando nos querem fazer crer que a ajuda que prestam, meritória, é exclusivamente católica.