sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Quando os humanos mataram o ser vivo mais antigo da Terra


Fonte: Pinheiro Brislecone

Em 1964, um pinheiro (Pinus longaeva) foi cortado em Nevada, estado americano, em nome da pesquisa científica. Após a contagem dos seus anéis, o muno descobriu que ele tinha cerca de 5.000 anos. E nós havíamos acabado de matar o que, na época, era o ser vivo mais antigo da Terra.


Donald Currey foi o responsável pelo “assassinato”. Ele estava procurando evidências sobre a Pequena Idade do Gelo, um período de tempo entre os anos 1300 e 1800 no qual a temperatura da Terra presumivelmente caiu ligeiramente, atingindo seu ponto mais baixo em algum momento de 1600.

Ele queria encontrar uma árvore que tivesse vivido todo esse período para que pudesse estudar seus anéis, e a localizou no que é hoje o Great Basin National Park, um parque florestal em Nevada. Para analisá-la, decidiu usar uma ferramenta de perfuração para tirar uma amostra.

No entanto, a madeira desse exemplar era muito densa, e a árvore era muito grande, eventualmente prendendo sua ferramenta de perfuração. Ele não poderia retirá-la sem uma motosserra. Neste ponto, ninguém sabia quantos anos essas árvores realmente tinham. Elas viviam em um clima severo, e a árvore que o cientista queria cortar tinha uma aparência retorcida e abatida.

Foi só mais tarde, depois de contar mais de uma vez para ter certeza, é que ele se deparou com a dura realidade de que aquele ser, até então vivo, tinha mais de 5.000 anos de idade. Na época, isso a tornava a mais antiga árvore conhecida no mundo. Ela tinha até mesmo nome, dado por um grupo de amantes da natureza: Prometeu.

Após esse dramático símbolo descobriu-se que outro pinheiro da mesma floresta, Matusalém, também tem 4.841 anos – e esse está vivo e secretamente protegido pelo Serviço Florestal.

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